101 - Porque teve Jesus de nos redimir justamente na cruz?

A cruz  na qual Jesus, inocente, foi cruelmente executado é o lugar do mais extremo rebaixamento e abandono. Cristo, o nosso Redentor, escolheu a cruz para carregar a culpa do mundo e suportar o sofrimento do mundo. Assim, pelo Seu perfeito amor, Ele reconduziu o mundo à casa de Deus. [613-617, 622-623]

Deus não nos podia ter demonstrado o Seu amor de forma mais eficaz que Se deixar pregar na cruz na pessoa do Seu Filho. A cruz era a forma de execução mais vergonhosa e severa da Antiguidade; a título de exemplo, os cidadãos romanos, independentemente da gravidade da culpa, nunca deviam ser crucificados. Portanto, Deus entrou no sofrimento mais abissal da humanidade; desde então, ninguém mais pode dizer: «Deus não sabe o que sofro.»

Deus estende as Suas mãos na cruz para abraçar os mais extremos confins do Universo. São Cirilo de Jerusalém (313-386/387, doutor da Igreja)

100 - Jesus teve realmente medo da morte, no monte das Oliveiras, na noite antes da Sua morte?

Porque Jesus foi verdadeiramente homem, Ele sentiu, no monte das Oliveiras, um medo de morte verdadeiramente humano. [612]

Jesus teve de lutar, com as mesmas forças humanas que todos nós possuímos, para aceitar interiormente a vontade do Pai, segundo a qual devia dar a Sua Vida pela Vida do mundo. Na Sua hora mais dura, abandonado por todo o mundo, até pelos Seus amigos, Jesus venceu-Se a Si mesmo e disse "sim": «Meu Pai, se este cálice não pode passar sem que Eu o beba, faça-se a Tua vontade!» (Mt 26,42) -> 476

PAIXÃO (lat. passio = doença, sofrimento)
É designação utilizada para o sofrimento de Cristo

99 - O que aconteceu na Última Ceia?

Na véspera da Sua morte, Jesus lavou os pés aos Seus discípulos, instituiu a -> EUCARISTIA e fundou o sacerdócio da Nova Aliança. [610-611]

Jesus revelou de três modos o Seu amor até ao fim: lavou os pés aos Seus discípulos, mostrando que está entre nós como aquele que serve (cf. Lc 22,27); antecipou simbolicamente o Seu sofrimento, pronunciando sobre os dons do pão e do vinho as palavras «isto é o Meu corpo que será entregue por vós» (cf. Lc 22,19) e instituindo, assim,  a Sagrada -> EUCARISTIA. por fim, dizendo aos -> APÓSTOLOS «Fazei isto em memória de Mim!» (1Cor 11,24), fez deles sacerdotes da Nova Aliança -> 208-223

Em certo sentido podemos dizer que é precisamente a Última Ceia o acto fundacional da Igreja, porque Ele entrega-Se a Si mesmo e, assim, cria uma comunidade unida na comunhão com Ele próprio. Bento XVI, 15.03.2006